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Havia de tudo naquele arsenal de 4.627 armas. Pistolas, espingardas, armas de guerra, facas, punhais, espadas. Mas o que restava ao início da tarde desta sexta-feira era apenas sucata: metal, madeira e plástico para reciclar.
Quem, horas antes, passasse pela Maia e ouvisse as sirenes e visse as viaturas e elementos das operações da PSP, ficaria convencido que ali decorria uma megaoperação policial com reféns e tudo. Afinal, tratou-se "apenas" de transportar as armas em segurança até ao local onde foram destruídas.
O arsenal provinha de processos-crime, processos administrativos ou de entregas voluntárias. E foi a segunda vez que uma operação deste género decorreu na área Metropolitana do Porto. A primeira, em outubro, correu tão bem que o comando da PSP resolveu repeti-lo agora, fazendo confluir para a Maia as armas provenientes de todos os distritos a Norte de Coimbra.
Mas nem todas foram para a sucata. "Esta semana, identificámos cerca de 200 que vamos afetar à atividade operacional, sobretudo as que têm o calibre e o modelo que utilizamos no dia-a-dia", disse o intendente Pedro Moura, chefe da divisão de investigação e fiscalização do Departamento de Armas e Explosivos da PSP. Ou seja, uma "shotgun" daquele lote poderá muito brevemente estar a equipar um carro-patrulha, ou uma equipa de intervenção rápida.
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